Quantos arcos-íris veremos até o fim da vida?
Na intersecção de camadas de vivências
em temporalidades diferentes,
ressurgem esperanças aladas,
cruzando horizontes
em formas de liberdades.
Quantos gritos de protestos daremos?
Nas insurgências contra as barbáries,
em lutas constantes,
procurando pela civilidade,
reabrindo feridas
para curar o passado.
Quantos sorrisos ainda teremos?
Nos lábios cansados de proferir palavras incisivas
na luta pela vida,
em contextos cortados pelo medo,
alimentando a coragem com o sonho
de reinventar destinos
em um presente ainda sem futuro.
Poema publicado na Revista Cult - Lugar de Fala, em 27 de setembro de 2021.
Link da revista: https://revistacult.uol.com.br/home/contagem/
Imagem: By Ithmus - "Onde caibam corpos cabem sonhos" Porto 2019, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=76872567