À Vanessa
Lábios com contorno da lua,
olhar abstraído pelo infinito,
perdido na saudade de histórias delineadas pelo acaso.
Simplicidade no sorriso cálido,
mãos que desenham sentimentos
em toques suaves feito pétalas de rosas.
Corpo feito água de cachoeira,
delicadamente forte como o jorrar das águas, exalando o frescor peculiar de natureza sutil,
a fluir intensamente no vibrar da vida,
marcando caminhos e encantando destinos
com a sua inigualável presença.
Alma sensível que pressente ausências ainda não anunciadas,
coração que veleja em mares calmos e tempestuosos,
à procura de abrigo em noites de chuva,
exalando o perfume da alegria em dias de sol.
Cheiro de felicidade ao amanhecer,
aroma da sensualidade ao cair da noite,
luz que se atreve a roubar o protagonismo das estrelas em noites de luar,
esperança de amor eterno suplicado nos sussurros de vozes em preces solitárias.
Essência de amor transmutado em murmúrios que se misturam ao som de harpas celestiais,
voz que afaga corações desesperados,
aflitos e desencontrados
em destinos áridos, de sonhos abandonados.
Olhar de nuvem que risca histórias no céu azul sonhado,
cantiga divina a ninar esperanças
construídas por mãos entrelaçadas.
Poema publicado na Revista Ecos da Palavra, n. 9, 2022.
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