Ondas modulares desenham contornos solitários no mar,
barcos desaparecem no horizonte nublado,
engolidos pela atmosfera misteriosa
da natureza incógnita.
Procuro seu rosto em nuvens de sonhos,
contornadas por luzes solares
que desenham um arco-íris de desejos
na imensidão azul,
aquecendo sentimentos
e semeando esperanças.
Horizonte nublado ou imensidão azul,
sorte nas cartas de baralho,
escolha intuitiva
entre o cinza e o blue.
Vaga memória de episódios corriqueiros,
fantásticos apenas para aventureiros,
sina marcada por desvios de rota,
na busca incerta por respostas.
Ângulo de observação impreciso,
painel sinalizando perigo,
chuva torrencial castiga a embarcação
de modo imprevisto.
Tufão de saudade,
movimentos de sensações caudalosas,
arrebata o foco da tripulação:
conquistar territórios?
Dança com ciúmes da Lua,
o Destino,
esperando o pôr do sol,
gira, fazendo redemoinhos no mar,
conta o tempo nas espirais da água
salgada feito lágrimas.
Burla a vigilância do medo,
desconstrói o apego
num reencontro de sinas,
em linhas imaginárias do coração.
Poema publicado na revista LiteraLivre, Vol. 9 - nº 51 –Mai./Jun. de 2025.
Link de acesso para a revista: https://drive.google.com/file/d/1JCOHZwOwIshMB7HgfZNZ8f4Nko2Q78qV/view

