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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Alegorias de realidade cravadas no âmago do sem-fim






Olhares amalgamados em visões proféticas,

alegorias de realidade cravadas no âmago do sem-fim,

vozes incrédulas protestam contra crenças inventadas

para resgatar esperanças em abismos de desesperos cotidianos.


Cheiro de chorume de ideias em decomposição,

apodrecidas nos limiares de mudanças inconclusas,

interrompidas pelas hordas esmagadoras de corpos desafiadores,

projetados como libertadores

no horizonte de dias vindouros.


Espaço de tempo percorrido em círculos,

caravanas de ódio em desertos de ressentimentos

povoam ambientes inóspitos,

marcados pela luta incansável entre vida e morte,

ancorada em discursos digladiadores.


Palco de cenas construídas em vivências derradeiras,

personagens fantoches

controlados pelas mãos de senhores sórdidos,

nas suas buscas diárias por riquezas,

deixando rastros de destruição

por onde seus passos marcam a perversidade de suas avarezas.


Poema publicado na Revista Literária Inversos, Ano V, N. 21, p. 19 (PDF), Setembro de 2022. ISSN: 2527-1857.

Imagem de KELLEPICS / 1068 images por Pixabay.