Olhares amalgamados em visões proféticas,
alegorias de realidade cravadas no âmago do sem-fim,
vozes incrédulas protestam contra crenças inventadas
para resgatar esperanças em abismos de desesperos cotidianos.
Cheiro de chorume de ideias em decomposição,
apodrecidas nos limiares de mudanças inconclusas,
interrompidas pelas hordas esmagadoras de corpos desafiadores,
projetados como libertadores
no horizonte de dias vindouros.
Espaço de tempo percorrido em círculos,
caravanas de ódio em desertos de ressentimentos
povoam ambientes inóspitos,
marcados pela luta incansável entre vida e morte,
ancorada em discursos digladiadores.
Palco de cenas construídas em vivências derradeiras,
personagens fantoches
controlados pelas mãos de senhores sórdidos,
nas suas buscas diárias por riquezas,
deixando rastros de destruição
por onde seus passos marcam a perversidade de suas avarezas.
Poema publicado na Revista Literária Inversos, Ano V, N. 21, p. 19 (PDF), Setembro de 2022. ISSN: 2527-1857.
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